quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pra que fofocar?

A alguns dias venho meditando na Bíblia sobre um tema pouco falado em nosso meio: o mexerico que popularmente conhecemos como fofoca. E encontrei um versículo que muito me chamou a atenção em Levitico 19.16, que diz o seguinte: " Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo", em outras palavras, não seja "fofoqueiro".
Fui levada a pensar nas muitas pessoas que possuem a capacidade maligna de falar mal da vida alheia. Essas pessoas esquecem que são seres humanos e portanto, passíveis a falhas iguais ou até maiores que a dos outros. Ao fofoqueiro a Bíblia dá dois nomes: maldizente (pessoa que costuma dizer mal dos outros) e maledicente (aquele que fala mal) e ela condena os pecados da língua que prejudicam o próximo. Qualquer tipo de conversa que rebaixa o próximo ou que difama seu carater deve ser reprovada.
Ao meu ver, existem dois tipos de fofocas.
Aquela em que simplesmente se fala de uma pessoa, sem conotação maldosa,
e aquela em que se ofende a moral, a reputação e termina em humilhação.
Ambos os tipos, são pecado, pois magoam, ferem e tiram do ofendido o direito de se defender.
Existem pessoas que sentem prazer em falar mal, zombar, tirar um sarrinho, inventar mentiras e não veem nenhum problema nisso. Se colocam acima dos outros e se acham melhor que todo mundo.
Os pecados da fala incluem palavras ásperas e maldosas como a mentira, a calúnia, o fuxico etc... e em Tiago 3.8, o escritor diz que " nenhum homem pode domar a língua", mais é claro que ele está falando do homem natural e carnal, porque o homem espiritual está cheio do Espirito Santo e tem maturidade para manter sua a língua sob controle. Que fique claro que quando isso não acontece, tal pessoa não tem ou não dá lugar para o Espirito de Deus em sua vida.
Eu, Sandra, já fui vítima de fofocas e fuxicos!
Sei reconhecer de longe uma pessoa fofoqueira e mexeriqueira! Confesso que não é fácil lidar com este tipo de gente, pois a confiança se vai e o medo de retomar a amizade toma conta. Então procuro ao máximo, evitar convívio. Por conta de tanto sofrer com esse tipo de coisa, eu acabei me fechando e construindo um "muro" ao meu redor, como forma de me proteger... Que pena, pois pode ser que tenha deixado de fazer grandes amizades...
Não é falta de amor ou de perdão como alguns podem pensar, é medo, simplesmente medo.
É isso que a fofoca traz... discórdia, intriga, confusão, desunião. A fofoca é comparada na Bíblia como lenha na fogueira Leia Pv. 26.20.
Mas em I Corintios 5.11, Paulo aconselha aos irmãos a não se associarem (ou se unirem) com o MALDIZENTE. Acho que não tão estou tão errada assim...
Devemos olhar para esse tipo de pecado, do mesmo modo como olhamos para os outros que julgamos serem mais graves, com nojo e repúdio! Leia Provérbios 6. 16 ao 19
A fofoca, o fuxico ou o mexerico são como folhas espalhadas ao vento... você nunca conseguirá ajuntá-las outra vez!
Relacionamentos de amizade... relacionamentos familiares... relacionamentos entre irmãos na fé... tudo isso poderia fluir melhor, se não existisse a maledicência!
Já presenciei pessoas tão maldosas não só falando mal, mais tirando sarro de defeitos, aparência, condição física e financeira de pessoas, com muita maldade e sarcasmo! Como se fossem perfeitas e isentas neste mundo... Sabe... isso machuca muito e dói.
Se esquecem que todos somos iguais perante Deus e que acima de tudo, somos a "Sua Imagem e Semelhança"!!! Como alguém pode tirar sarro de algo que Deus criou?
Vamos parar com isso, pedir ajuda dos céus para domarmos nossa língua e mudarmos de atitude já!

A Bíblia chama de "homem e Belial", aquele que semeia contendas - Pv 6. 12 ao 14
Por isso, deixo uma pergunta aos que gostam de assim agir:
Vale a pena falar mal da vida alheia e ser chamado por Deus de "Semeador de Contendas"?
O que você está ganhando em falar mal dos outros? Quem disse que você é perfeito e que pode sair criticando sem respeitar o seu proximo?
Lembre-se que um dia prestaremos conta de tudo o que fizermos, mais a Lei da Semeadura - Gálatas 6.7 ( aquilo que planto, colho), já está valendo aqui enquanto vivemos neste mundo.
Quantas vezes não temos nossas orações respondidas... a vida parece que não anda pra frente, e tudo parece dar errado.. precisamos dar uma olhadinha e ver se não estamos ocupados demais com a vida dos outros em vez de cuidar da nossa.
Também quero deixar uma palavra para aqueles que não fofocam, mais emprestam seus ouvidos para um fofoqueiro:
Do mesmo jeito que alguém faz fofoca de uma pessoa pra você, esse mesmo alguém faz fofoca de você pra outra pessoa.. Ele se sente bem com isso e não respeita nenhum dos lados... Leia Pv. 18.8. Portanto evite!!
Termino dizendo que a minha reputação pode não ser a das melhores na boca de muitos por aí... mais pra mim o que vale, é a minha reputação com Deus, ou seja, o que me importa é o que Deus pensa de mim!
Só há alguém que não se importa se você falar da vida dele...
Jesus Cristo!!!
Desse você pode falar a vontade!!! Amém?
Que Deus te abençõe, querido!

Na dependência de Deus sempre,
Sandra





Autoria: Sandra Regina Pimentel Salles

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Maior que a Eternidade

Deus, tenho uma pergunta:
Porque amas teus filhos? Não quero parecer irreverente, mais só os céus sabem quanta dor temos causado a ti.
Porque nos toleras?
Tu nos dá o ar cada vez que inspiramos, mas te agradecemos? Raramente.
Reclamammos do tempo. Brigamos por nossas ninharias.. discutimos sobre qual o melhor sexo. Não se passa nem um segundo, sem que alguém em algum lugar, use teu nome para xingar um dedão martelado... (Como se fosse culpa tua.)
Enches o mundo de comida, mais a ti atribuímos a fome. Dá-nos céu azul, e exigimos chuva. Dá-nos chuva, e exigimos sol. (Como se afinal soubéssemos o que é melhor.)
Poluímos o mundo que nos emprestaste. Maltratamos o corpo que nos deste. Ignoramos a Palavra que nos enviaste.
Somos bebês mimados que batem e chutam, fazem manha e blasfemam...
Tens todas as razões para nos abandonar. Eu, com certeza o faria. Mas fazes isto?
Teu amor nunca cessa. Jamais. Mesmo que te rejeitemos, desconsideremos-te, ou te desobedeçamos... não mudarás. Nossa maldade não consegue diminuir o teu amor, e nossa bondade não consegue aumentá-lo. Nossa fé não consegue conquistá-lo, assim como nossa estupidez não consegue prejudicá-lo. Não nos ama menos quando falhamos, não nos ama mais quando somos bem sucedidos.
Teu amor nunca cessa.
Como explicá-lo?
Talvez a resposta esteja em outra pergunta.
Mães: Porque vocês amam seus recém-nascidos? É uma pergunta boba,mas me desculpem, porque?
Durante meses, esse bebê lhe trouxe sofrimentos... Lhe deixou cheia de espinhas e a fez gingar como pata.
Por causa dele suspirou por sardinhas e torradas e saiu devolvendo tudo pela manhã. Ele lhe chutou a barriga, ocupou um espaço que não era dele e comeu alimentos que não preparou. Você o manteve aquecido, seguro, alimentado, mas será que ele agradeceu?
Você está brincando? Mal saiu da barriga e começou a chorar... o quarto é muito frio, o cobertor é muito áspero... e quem ele quer? A mamãe.
Você nunca tira uma folga e fez todo o trabalho nos últimos nove meses, e porque o papai não pode assumir? O papai não pode assumir, porque o bebê quer a mamãe!
Ele nem disse que estava chegando. Simplesmente veio. E que chegada!
Ele a transformou numa selvagem que a fez gritar, praguejar, cerrar os dentes e rasgar os lençóis.
E veja como você está agora. Suas costas doem. A cabeça lateja. Seu corpo, molhado de suor.
Você devia estar brava, mais está?
Longe disso, em seu rosto há uma amor maior que a eternidade...
Ele não fez nada por você, mas você o ama. Trouxe sofrimento para o seu corpo, e náuseas para suas manhãs, e mesmo assim é o seu tesouro.
O rosto dele é enrugado, e os olhos turvos, e apesar disso você só consegue chamá-lo de lindo.
Ele vai acordá-la todas as noites nas próximas seis semanas, mais isso não importa, você é louca por ele!
Porque?
Porque a mamãe ama o recém-nascido?
Porque é o sangue dela. É a esperança dela. É o legado dela. Não importa que o bebê não dê nada à ela...
Ela sabe que ele não pediu para vir ao mundo. E Deus sabe que também não pedimos.
Somos idéia dEle. Seu rosto. Seus olhos. Suas mãos. Somos, por incrível que pareça o corpo de Cristo.
Somos dEle e Ele nos ama. E nada poderá nos separar do Seu amor! (Rm.8.38,39)
Se Deus não tivesse dito estas palavras, eu seria louco escrevendo-as, mas já que as disse, eu seria louco se não as cresse... mas como tenho dificuldades em abraçar essa verdade...
Você pensa que cometeu um ato que o coloca fora do seu amor? Uma traição, uma deslealdade. Uma promessa quebrada.
Você acha que Ele o amaria mais se você não tivesse feito tais coisas? Você acha que se fosse melhor, o amor de Deus seria mais profundo?
Errado, errado, errado.
O amor de Deus não é humano. O amor de Deus não é normal. O amor de Deus enxerga o seu pecado, mais ainda o ama.
E Ele não poderia amá-lo mais do que o ama neste exato momento
.



Texto extraído do livro "O Trovão Gentil- Ouvindo Deus na Tormenta" de Max Lucado

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Autor da Vida

29 de Janeiro

Sentado junto a grande escrivaninha, o Autor abre o grande livro.
Não há palavras.
Não há palavras porque não existe nenhuma palavra.
Não existe nenhuma palavra, porque nenhuma palavra é necessária.
Não há ouvidos para ouvi-las, não há olhos para lê-las.
O Autor está só.
Então Ele toma a grande pena e começa a escrever. Assim como um pintor junta suas cores, e um escultor, suas ferramentas, o Autor reúne suas palavras.
São três.
Três únicas palavras.
Dessas três fluirão milhões de pensamentos, mas essas três palavras sustentarão toda a história.
Ele toma a pena e traça a primeira. T-E-M-P-O.
O tempo não existiu até que Ele escrevesse. Ele em si, é atemporal, mas sua história ficaria fechada no tempo. A história teria o primeiro nascer do sol, o primeiro movimento da areia. Um começo... e um fim. Um capitulo final... Ele o conhece antes de escrevê-lo.
Tempo. Um passo na trilha da eternidade.

O Autor então escreve a segunda palavra. Um nome. A-D-Ã-O.
Enquanto escreve, vê o primeiro Adão. Depois vê todos os outros. Em milhares de eras, em milhares de terras, o Autor os vê.
Cada Adão. Cada filho.
Instantaneamente amados, permanentemente amados.
Para cada um, designa um tempo.
Para cada um indica um lugar.
Cada vida é um livro, não para ser lido, mas antes uma história que deve ser escrita.
O Autor inicia a história, mas cada um escreverá o seu final.
Que liberdade perigosa. Seria muito mais seguro terminar a história de cada Adão.
Seria mais simples, mais seguro, mais não seria Amor.
Amor só é amor, quando há opção.
Assim, Ele decide dar uma pena para cada filho. "Escrevam com cuidado", sussurra.

Carinhosamente, escreve a terceira palavra, já sentindo a dor. E-M-A-N-U-E-L.
A maior mente do Universo imaginou o Tempo, garantiu uma escolha a Adão, mais foi o Amor quem concedeu o Emanuel, Deus conosco.
O Autor entraria em sua própria história.
Tambem nasceria, também seria humano, teria mãos e pés, também teria lágrimas e provações.
E o mais importante, Ele teria uma escolha a fazer na encruzilhada da Vida e da Morte.
Poderia ter escolhido parar de escrever a página do seu próprio sofrimento.
Mas como não criar, sendo Criador?
Como não escrever, sendo Escritor?
Como não amar, sendo Amor?
Assim, escolhe a Vida, embora significando Morte, na esperança de que seus filhos façam o mesmo.
E desse modo, Ele completa a história, encravando a lança na carne e fazendo rolar a pedra sobre o túmulo.
Conhecendo a escolha que fará, conhecendo a escolha que todos os "Adões" farão, escreve FIM.
Fecha o livro e proclama o início de tudo:
"HAJA LUZ!"


Texto extraído do Livro "O Trovão Gentil" de Max Lucado